Gluten
O glúten é uma substância insolúvel em água, que junto com o amido e outros compostos, se encontram na farinha de trigo, centeio, cevada, aveia e malte.[1] e até mesmo em cosméticos.
Basicamente define-se o glúten como a principal proteína responsável pela elasticidade do miolo, contribuindo para melhor aparência e estrutura de produto de panificação.[2]
É relevante que poucos sabem que para um grupo grande de pessoas a ingestão desta proteína, ainda que em quantidade muito pequenas, é extremamente prejudicial à saúde.
A Doença Celíaca (DC) é uma doença crônica do intestino, e é determinada por alterações inflamatórias auto-imunes desencadeadas pelo glúten em indivíduos geneticamente susceptíveis.[3]
Ela acomete entre 0,5 e 1% da população mundial e estima-se ainda que 1% da população tem a DC e não sabem.[4]
A DC pode se manifestar em qualquer idade, inclusive na idade adulta, porém na maioria dos casos é diagnosticada na idade entre 1 a 3 anos.
O único tratamento existente é uma rigorosa dieta sem glúten, por toda a vida, pois a ingestão do glúten vai provocar alterações típicas no intestino que impedem a absorção normal dos nutrientes.[5] Se a dieta não for seguida o celíaco pode desenvolver inúmeros problemas de saúde como: osteoporose, diabetes, epilepsia, infertilidade, câncer, dentre outros.[6]
Na falta de diagnóstico, os sintomas clínicos e doenças associadas à condição celíaca podem provocar internações recorrentes, seqüelas e até mesmo o óbito do paciente.[7]
Estudo realizado com os membros cadastrados na Associação de Celíacos do Brasil (ACELBRA) mostrou que, dentre os 91,4% participantes da pesquisa, apenas 69,4% conseguem aderir à dieta isenta de glúten (ARAÚJO et al, 2010).
A adesão e a obediência à dieta isenta de glúten requer muita autodeterminação do celíaco e de seus familiares, pois a dieta ocidental inclui muitos itens alimentícios à