Glossário Kant
UNIDADE II – Kant
Acto moral – Acção realizada apenas pelo sentido de dever e não como o resultado de uma inclinação, de um sentimento ou da possibilidade de qualquer benefício para o seu autor.
Boa vontade – Aquela que apenas obedece aos princípios que uma razão autónoma reconhece como incondicionalmente bons. Para Kant, a boa vontade é a única coisa que pode ser considerada como boa em si mesma, isto porque a boa vontade, enquanto princípio que orienta as acções humanas, não vai buscar o seu valor aos objectivos ou impulsos que nos levam a agir deste ou daquele modo e menos ainda nos proveitos particulares que podem resultar das acções praticadas.
Dever incondicionado – Pura intenção de praticar o bem, que se afirma como um valor em si mesmo, independentemente das consequências e dos proveitos que possa produzir. Uma ordem a que um indivíduo se terá de submeter sem nenhuma condição
Ética racional – Ética que considera que a moralidade no homem tem origem na sua natureza racional. É a razão que ordena em nome da comunidade humana a obediência a esta lei que nós damos a nós mesmos.
Imperativo categórico – É uma espécie de mandamento que “obriga” o sujeito moral a submeter-se ao dever de forma incondicional. É independente de circunstâncias de tempo, lugar, cultura: “age apenas segundo uma máxima que possas, ao mesmo tempo, querer que ela se torne uma lei universal”.
Inclinação – Motivo subjectivo para a realização de uma acção, com a finalidade de trazer consequências benéficas ou satisfação pessoal ao seu autor.
Intenção – Refere-se aos motivos que levam o agente a realizar uma acção. Em Kant, a acção moral é apenas aquela em que o indivíduo cumpre o que a sua razão lhe ordena, sem se preocupar com as consequências que para a sua felicidade pode ter a realização de uma acção por dever.
Legalidade – Cumprimento de uma acção que respeita as normas e que é, por isso, conforme ao dever. Pode ser uma acção