Gloria
Esta história é muito,Muito antiga.
Eu li Num livrão grande do papai,
Que se chama Bíblia.
É a história de um homem chamado Noé.
Um dia, Deus chamou Noé.
E mandou que ele construísse um barco bem grande.
Não sei por quê,Mas todo mundo chama esse barco De Arca de Noé.
Deus mandou Que ele pusesse dentro do barco um bicho de cada qualidade.
Um bicho, não. Dois.
Um leão e uma leoa...
Um macaco e uma macaca...
Um caititu e uma caititoa...
Quer dizer, caititoa não,
Que eu nem sei se isso existe.
E veio tudo que foi bicho.
Girafa, com um pescoço do tamanho de um bonde...
Tinha tigre de bengala.
Papagaio que até fala.
E tinha onça-pintada; uma vaca malhada...
Arara dando risada,que era uma vitrola!
E um casal de tatu-bola...um porco!
Bicho d´água, isso não tinha,
Nem tubarão, nem tainha,
Procurando por abrigo.
Nem peixe-boi nem baleia,
Nem arraia nem lampreia,
Que não corriam perigo...
E zebra, que parece cavalo de pijama...
E pavão, que parece um galo , Fantasiado pra baile de carnaval.
E cobra, jacaré, elefante... e um cachorro elegante!
E paca, tatu e cutia também.
E passarinho de todo jeito.
Curió, bem-te-vi, papa capim...
E inseto de todo tamanho.
Formiga, joaninha, louva-a-deus...
Eu acho que Noé
Devia Ter deixado fora
Tudo que é bicho enjoado,
Como pulga, barata e pernilongo,
Que faz fiuuummm no ouvido da gente.
Mas ele não deixou.
Levou tudo que foi bicho.
Tinha peru, tinha pato, galo.
Tinha vespa e carrapato.
Avestruz, carneiro, pinto...
Tinha até ornitorrinco.
Urubu, besouro, burro.
Gafanhoto, grilo,
Tinha abelha, tinha rato... e tinha também um casal de gatos!
Quando a bicharada
Estava toda embarcada,
E mais a família do Noé todinha, começou a cair uma chuvarada.
Mas não era uma chuvarada, dessas que caem agora.
Você já viu uma cachoeira?
Pois era igualzinho
A uma cachoeira caindo,caindo, que não acabava mais.
Parecia o Rio Amazonas despencando.
E aquela água