globalização
O modelo de desenvolvimento capitalista, baseado em inovações tecnológicas, em busca do lucro e no aumento contínuo dos níveis de consumo, precisa ser substituído por outro para não apenas suprir as necessidades humanas, mas sim do jeito correto e saudável que leve em consideração os limites suportáveis na natureza e da própria vida de todos os seres humanos não sendo prejudicado em ambas as partes.
O lado negativo do consumo
Com a aproximação das festas de fim-de-ano, uma doença conhecida e pertinaz volta a nos assombrar: a febre do consumo. É preciso que haja consumo para que a cadeia mercantil se movimente, fazendo circular as riquezas e incentivando a geração de empregos e o recolhimento de impostos. Sob esse aspecto o consumo é salutar.
No entanto, o consumo se torna um mal quando ele assume contornos de uma patologia epidêmica, em que as pessoas se atiram às compras sem medir consequências, endividando-se e – como diziam os antigos – dando o passo maior que as pernas. Com a aproximação do Natal, ocorre uma exacerbação da propaganda, seja na televisão, nos jornais, nas revistas, nos folhetos e em todos os meios capazes de atingir a massa consumidora.
Enquanto a oferta de produtos, serviços e crédito cresce, de outro lado a propaganda excita o desejo de consumir, transformando o cidadão, de consumidor normal em consumista, que nada mais é que uma patologia social, como um vício de comprar o supérfluo, de gastar além das posses. Nessa conjuntura a pessoa não consome mais por necessidade, mas passa a comprar por impulso. É este