globalização
Em sua obra, Globalização – As Consequências Humanas, Zygmunt Bauman dá enfoque às mais diferentes formas de visualização do tema.
Denota-se que, para alguns, globalização é uma meta desejada, e para outros ela é vista de modo desfavorável, porém, independentemente das opiniões formadas, ela é um processo que não pode ser revertido.
O que se busca é dar clareza aos fenômenos visualizados: espaço e tempo, local e global e o autor também desvendar a importância de entender a sensação de apreensão existente no mundo pós-moderno.
Enfim, o que o autor busca é uma tentativa de mostrar que no fenômeno da globalização há mais coisas do que pode o olho apreender e também um exercício de formulação de questões e de estímulo ao questionamento.
TEMPO E CLASSE
Em seu primeiro capítulo, ele faz uma reflexão a respeito de como são construídas as grandes incorporações, indagando sobre a falta de assistência presencial dos investidores, que são os verdadeiros tomadores de decisão (p. 13).
Segue, afirmando que os empregados em nenhum momento têm força de decisão, que as resoluções são tomadas pelos empregadores de capital, geralmente não locais, ao contrário dos funcionários, que têm familiares e moradia local, e que o intuito é buscar lucro com a exploração mão de obra da região.
Essa mão de obra está presa à área e fica à mercê de acionistas que, acaso vislumbrarem perspectivas de maiores lucros em outro domínio, o fazem sem se preocupar nos efeitos desastrosos desse ato.
Existem basicamente duas formas do espaço: aquele onde quem não está aprisionado pela localidade e os que não estão livres da localidade. Os primeiros podem escapar da globalização e dos seus resultados, diferentemente do segundo grupo.
Sob a ótica do pós-guerra, a mobilidade tornou-se fator de cobiça crucial, pois é por meio dela que sobressai a hierarquia social, onde houve uma transmudação dos padrões