Globalização
No governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), o Brasil ‘’engatinhava’’ uma economia minimamente globalizada. JK investiu com convicção na atração de capitais externos para equipar as indústrias locais. Com medidas que privilegiavam esses empréstimos, como a adoção de uma taxa cambial favorável e de facilidades na remessa de lucros para o exterior, o Brasil assistiu a uma invasão veloz do capital estrangeiro em áreas estratégicas.
Nessa época, foi criado um Plano de Metas, onde o lema do governo era “cinquenta anos de progresso em cinco”. Esse plano previa um acelerado crescimento econômico a partir da expansão do setor industrial, com investimentos na produção de aço, alumínio, metais não ferrosos, papel, celulose, borracha, construção naval, maquinaria pesada e equipamento elétrico.
O Plano de Metas teve pleno êxito, pois no decorrer da gestão governamental a economia brasileira registrou taxas de crescimento da produção industrial (principalmente na área de bens de capital) em torno de 80%. Além disso, a indústria automobilística começou a ganhar significativo destaque.
Por outro lado um significativo aumento da inflação e da dívida externa foi inevitável. O governo realizava investimentos no setor industrial a partir da emissão monetária e da abertura da economia ao capital estrangeiro, o que gerou uma desnacionalização econômica, já que as empresas estrangeiras (multinacionais) passaram a controlar setores industriais estratégicos da economia nacional. Portanto, se por um lado o Plano de Metas alcançou os resultados esperados, por outro, foi responsável pela consolidação de um capitalismo extremamente dependente. Nesse contexto, entrou em cena o Fundo Monetário Internacional (FMI), que passou a representar o vilão estrangeiro, com suas ingerências na política econômica brasileira e exigências para o saneamento das finanças.
Outro momento histórico onde o país obteve grande relação exterior foi durante a Ditadura Militar