GLOBALIZAÇÃO E RELIGIAO
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
GLOBALIZAÇÃO E RELIGIAO
JAQUELINE DA SILVA SOUSA – B933BB – 0;
KARLA CRISTINA BARBOSA CUNDARI – T147JJ – 6;
MARIA ROSANGELA DA CONCEIÇÃO – B96063-9
PS1P30 / Q30
BRASILIA - DF 27 DE NOVEMBRO DE 2013.
ORTIZ RENATO - GLOBALIZAÇÃO E RELIGIAO
Religião e Globalização
A globalização é um grande desafio para a religião. A contribuição que eu procuro dar hoje consiste em convidar todas as religiões a se empenharem na busca de um caminho para a humanidade, isto é, de uma ética mundial e de uma espiritualidade de promoção do ser humano e elevação daqueles que estão em condição de inferioridade. Nesse sentido, eu proponho que lancemos um olhar sobre a história, vendo no decorrer dos séculos o desdobrar daquilo que chamamos hoje de globalização. Quando olhamos para a época dos Descobrimentos, por exemplo, vemos que a humanidade teve a possibilidade de encontrar ali, no convívio entre diferentes povos, uma fraternidade humana, um desenvolvimento da humanidade que levasse em conta os valores, as culturas, a religião e as formas de viver, por exemplo, dos povos indígenas. Naquele momento poderia ter ocorrido o começo de uma globalização ética, onde houvesse não apenas uma convivência harmoniosa entre indivíduos, mas entre grupos, classes, tribos, etnias, nações, povos.
Havia alguns pioneiros que entreviram essa possibilidade, como é o caso, entre os missionários, de Bartolomeu de Las Casas. Em meu livro Las Casas. Todos os direitos para todos (Edições Loyola), eu procuro destacar o caráter profético (no sentido religioso e sociológico) de Las Casas: ele anteviu a possibilidade de que todos os povos indígenas tivessem voz (entrando em diálogo com os europeus e não cedendo as riquezas da América) e de que não houvesse nenhuma organização colonial sem o consentimento dessas populações. Nesse sentido, esta seria uma espécie de grande