Globalização e cultura

GLOBALIZAÇÃO E CULTURA

Atualmente é comum o uso de alguns termos, principalmente nos meios de comunicação, como preconceito, conflitos étnicos, discriminação racial e xenofobia. Estes termos dizem respeito aos moldes em que se processam as relações entre os diferentes povos do mundo, ao passo que, ora expressam ideias de igualdade, ora de superioridade. Essa noção de “outro” em contraposição ao “eu” está relacionada, de certa forma, ao processo de identificação grupal pelo qual os indivíduos acabam passando, ou seja, à medida que as pessoas crescem, vão assimilando valores culturais e religiosos, conhecimentos científicos do meio e a língua do grupo em que vivem.
(LUCCI, 1997:253).

Com o desenvolvimento do modo de produção capitalista, inicialmente na Europa Ocidental e posteriormente em todo o mundo, a cultura ocidental também atingiu uma dimensão global, principalmente através da expansão marítima e comercial dos séculos XV e XVI. Este processo de ocidentalização se intensificou ao longo dos anos, sendo que hoje é muito difícil encontrar uma cultura que não sofra influências da cultura ou civilização ocidental, o que pode ser constatado no progressivo desenvolvimento da atividade industrial, dos meios de comunicação e transporte, no aperfeiçoamento dos padrões de consumo, dentre outros fatores. Contraditoriamente, muitos problemas também se tornaram mundiais, por exemplo, as questões ambientais, como a poluição, o aquecimento global etc., além das enormes desigualdades sociais em muitos países do mundo.

Em primeiro lugar, podemos falar de uma espécie de conformidade e adaptação. Em função da exigência de competitividade, cada um se vê como adversário dos outros e pretende lutar pela manutenção de seu lugar de trabalho. Paralelamente a isso, surge nos países industrializados uma nova forma de extremismo de direita, de forma que a xenofobia e a violência aparecem entrelaçadas com lutas por espaços de trabalho. É claro que a violência surge também como