Globalização - ontem e hoje
A expressão "globalização" tem sido utilizada de forma ideológica, onde o mundo assiste um processo de integração econômica, caracterizada pelo predomínio dos interesses financeiros, pela desregulamentação dos mercados, pelas privatizações das empresas estatais, e pelo abandono do estado de bem-estar social. Esta é uma das razões dos críticos acusarem a globalização de ser responsável pela intensificação da exclusão e de provocar crises econômicas sucessivas.
No texto que se segue trataremos do fenômeno no seu significado histórico.
As Economias-Mundo antes das Descobertas
Antes da fase da globalização, os Continentes viviam separados pelas barreiras geográficas, que faziam com que a maioria dos povos e das culturas soubesse da existência uma das outras apenas por meio de lendas. Cada povo viva isolado dos demais, em sua cultura.
Até o século 15 identificamos 5 economias-mundo totalmente autônomas, espalhadas pela Terra e que viviam separadas entre elas:
- a da Europa, que se espalhava:
Na Europa:
Pela região do mediterrâneo (cidades de Gênova, Veneza, Milão e Florença), que mantinha laços comerciais e financeiros com o Mediterrâneo e o Levante;
Região norte, na França, área comercial na região de Flandres (formada pelas cidades de Lille, Bruges e Antuérpia) vocacionada para os negócios com o Mar do Norte.
A Liga de Hansa, que funcionava como uma cooperativa de mais de 200 cidades mercantes lideradas por Lübeck e Hamburgo no Mar Báltico.
E a região do sudeste europeu, no mar Egeu e no mar Negro, enquanto que a Rússia via-se limitada pelos Canatos Mongóis que ocupavam boa parte do leste do país.
Na China e regiões como a península coreana, a Indochina e a Malásia só se ligavam com a Ásia Central e o Ocidente através da rota da seda.
Na Índia, que pelo Oceano Índico e pelo Mar Vermelho, mantinha relações comerciais com os árabes, enquanto que comerciantes malaios eram acolhidos em Calcutá.
Na África por sua vez, era