“Globalização, mito ou realidade? um debate sobre as origens da globalização.” edmilson costa
Edmilson Costa
O capítulo acima citado é parte do livro “A globalização e o capitalismo contemporâneo” onde o autor apresenta a globalização como um processo complexo do capitalismo carregado de interesses e objetivos. Costa divide as principais correntes que interpretam o fenômeno da globalização com clareza, e tece ao final de cada apresentação uma apreciação crítica que propicia ao leitor uma compreensão acerca de seu olhar sobre cada interpretação do fenômeno. Nesta perspectiva didática de clarificar a globalização e seus conceitos o autor aponta blocos/correntes de interpretação sobre o tema:
1) Os apologistas da globalização neoliberal: que basicamente entendem a globalização como integração da economia mundial fundamentada no mercado como regulador da vida social, a iniciativa privada como operadora do sistema e o Estado mínimo e desregulado como instrumento de garantia da propriedade e dos contratos. Em suma é a indução do pensamento conformista para a classe trabalhadora, colocando a globalização como solução para as questões sociais e econômicas, em uma guerra velada contra o sindicalismo e transformando a “desigualdade em política de Estado”, segundo o autor.
2) A globalização é um mito: para esta vertente de críticos, a globalização é basicamente uma maneira de ampliação do capital de expandir suas ações em âmbitos globais, servindo para justificar a demanda de países centrais e das grandes empresas nos países periféricos, paralisando a ação do Estado e de possíveis alternativas de mudança política e econômica, o que se torna um movimento natural do capital nesta perspectiva. O autor critica esta linha de negação da globalização posto que os críticos que compõem esta vertente criticam exatamente esse fenômeno e suas manifestações. Sendo assim, a globalização é um dado da realidade, ela existe e a sua negação enfraquece os grupos que discutem e combatem seus