Globalização, hegemonia e império
Poder e dinheiro: uma economia política da globalização. 5ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
1998a. p.87-147. (Coleção Zero à Esquerda).
Sobre o autor:
Graduação: Sociologia - Universidade do Chile
Mestrado: Economia - Universidade do Chile
Doutorado: Ciências Políticas - USP
Pós-doc: Universityof Cambridge
Livre-docência (EPI): UFRJ e UERJ
O autor começa seu texto apresentando a globalização no fim do Séc. XX com
predominância do pensamento liberal. Mundo sem fronteiras (referências Dudley North)
(Montesquieu: adocica e paz kantiana).
Houve maior polarização entre países e classes sociais (todos os países). Segundo o
autor, globalização é o discurso das elites. O que a ideologia econômica oculta é as relações
assimétricas de poder e dominação que estão na sua origem.
Acadêmicos cederam à linha de raciocínio "isso é útil ao capital?"
Ele nota sobre estudo sobre efeitos da globalização na economia política clássica,
reconhecendo transformações na concorrência e tecnológicas, aumento da competição
interestatal e oligopolização.
O comércio internacional crescia mais lento que antes. Sistema produtivo não é
global. Só é global a globalização porque o dinheiro circula em espaço mundial centrado
no sistema norte-americano e grandes empresas. Assim, parte pra análise das conjunturas
econômica e políticas responsáveis pela expansão.
A pré-globalização nos anos 1960: Inglaterra decide autonomizar mercado
interbancário paralelo e autônomo. Investimentos americanos causam surgimento do "espaço
mundial".
Exclui-se o padrão dólar, e entra esse recurso. Mercado de câmbio foi o primeiro
elemento a entrar na globalização. Nos anos 1980 há um salto de qualidade.
Decisões estatais: (resposta a revalorização do dólar). Processo de desregulamentação
monetária. Surgimento de mercados interconectados.