globalização da pobreza
As reformas macroeconômicas são um reflexo concreto do sistema capitalista pós-guerra e de sua evolução destrutiva. A direção macroeconômica adotada nos âmbitos nacional e internacional desempenha um papel central no surgimento de uma nova ordem econômica global: essas reformas regulam o processo de acumulação capitalista no mundo todo. Todavia esse não é um sistema de livre-mercado: embora sustentado por um discurso neoliberal, o chamado 'programa de ajuste estrutural' patrocinado pelas instituições de Bretton Woods constitui um novo esquema intervencionista. Desde a crise da dívida do início dos anos 80, a busca do lucro máximo tem sido engendrada pela política macroeconômica, ocasionando o desmantelamento das instituições do Estado, o rompimento das fronteiras econômicas e o empobrecimento de milhões de pessoas.
A economia baseada na mão de obra barata A análise do sistema de economia global concentra-se no papel do desemprego mundial. Nesse contexto, as reformas patrocinadas pelo FMI têm sido decisivas no controle dos custos de mão da obra em grande número de países. Todavia, a minimização desses custos solapa a expansão dos mercados consumidores, ou seja, o empobrecimento de grandes setores da população mundial, derivado da reforma macroeconômica, conduz a uma redução crítica do poder de compra. Por sua vez, os baixos níveis salariais, tanto nos países em desenvolvimento como nos desenvolvidos, repercutem sobre a produção, contribuindo para uma série de fechamentos e falências de fábricas. Em cada fase da crise, o movimento se dá em direção à superprodução global e ao declínio da demanda do consumidor. Reduzindo a capacidade de consumo da sociedade, as reformas macroeconômicas aplicadas em todo o mundo obstruem, por fim, a expansão do capital.
Monopólios globais Grandes companhias multinacionais (particularmente nos Estados Unidos e no Canadá) têm assumido o controle de mercados em âmbito local (especialmente na