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GLOBALIZAÇÃO
As questões ambientais, tais como o efeito estufa, a destruição florestal, a perda da diversidade biológica, a poluição de rios e mares, a desertificação crescente, resultantes de processos que afetam toda a biosfera e as sociedades que nela vivem constituem um dos temas considerados globais, assim como a paz, a qualidade de vida e o desenvolvimento, entre outros (Bottomore, 1982). Há uma consciência planetária crescente de que, se esses problemas não forem resolvidos, poderão ameaçar a própria existência da vida do homem sobre a terra. A solução desses problemas passa, para alguns, por uma mudança radical das formas agressivas e conquistadoras pelas quais o homem moderno se relaciona com o mundo natural. Para estes, não se trata simplesmente de uma crise natural, resultante da incapacidade dos ecossistemas em se reconstituir após as intervenções danosas do homem moderno, mas de uma crise sócio-ambiental, civilizatória, que exige, para sua superação uma alteração profunda não somente nos padrões científico-tecnológicos, mas também nos valores consumistas das sociedades modernas.
Para outros, as novas tecnologias tem
condições de corrigir os danos causados pelas atuais formas de produção e consumo. Para estes, há uma crença quase religiosa no papel da ciência e tecnologia em resolver os problemas criados pelas sociedades modernas.
A globalização das questões sócio-ambientais será aqui analisada como“crise sócio-ambiental”, provocada pela degradação planetária do ambiente e dos recursos naturais e como resultado de uma tomada de consciência universal da gravidade da crise.
Farei também, ao final, algumas considerações sobre características dessa crise ambiental, a tomada de consciência humana sobre ela e finalmente, sobre o papel das ciências sociais na análise das chamadas mudanças climáticas globais.
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As Características Principais da Crise
A degradação generalizada dos solos,