Glicólise e oxidação do piruvato
O metabolismo pode ser visto por cinco perspectivas distintas: passos da via de reação, reações reguladas, características únicas, interface com outras vias e doenças relacionadas. Na perspectiva quanto aos passos da via de reação a diferenciação dá-se pelos substratos, produtos, enzimas, cofatores e inibidores que por elas transitam. A via glicolítica compreende duas vias menores: uma endotérmica, onde a glicose é transformada em gliceraldeído-3-fosfato por meio de cinco reações, que são hexocinase, fosfoglicose isomerase, fosfofrutocinase, aldolase e triose fosfato isomerase. A outra, exotérmica, que transforma o gliceraldeído em piruvato, sendo dividida em gliceraldeído 3-p desidrogenase, fosfogliceratocinase, fosfogliceratomutase, enolase e piruvatocinase. Após o transporte do piruvato para matriz mitocondrial ocorre a oxidação do mesmo. Por meio de um complexo multienzimático ocorre a produção de acetil-CoA e NADH, por meio das reações: piruvatodesidrogenase, diidrolipoil transacetilase e lipoamida desidrogenase. Numa perspectiva de reações reguladoras, pode-se notar a interação de moléculas reguladoras, chamadas de efetores. Na regulação da glicólise ocorre a interação de três enzimas: a hexocinase, que assegura o equilíbrio da glicose no sangue; a fosfofrutocinase e a piruvatocinase, que são enzimas alostéricas que ligadas efetores definem a ação postiva ou negativa quanto a entrada de G6P na glicólise e ao controle de PEP para o piruvato ou a glicogênese, respectivamente.
Na oxidação do piruvato o complexo piruvato desidrogenase é regulado por modificações covalentes da enzima PDH. A ação de uma cinase, estimulada por NADH e Acetil-CoA e inibida pelo piruvato, inativa a PDH e sua reativação acontece por meio de uma fosfatase, estimulada por Ca+ e insulina.
Devido as diferentes características únicas das vias metabólicas, é possível defini-las também nesta perspectiva. A glicólise anaeróbica, essencial