Glicídios
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açúcares, reagente de Benedict, oxi-redução
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Propõe-se um experimento simples que proporciona uma abordagem contextualizada e multidisciplinar para o estudo de açúcares no Ensino Médio. O experimento se baseia no preparo e uso do reagente de Benedict na pesquisa da presença de açúcares redutores em alimentos. Este experimento foi aplicado em aulas de Química com alunos do Ensino Médio e proporcionou a discussão de diferentes tópicos do programa de Química.
Recebido em 18/5/05, aceito em 6/12/05
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classe dos glicídios (do grego glicos, doce) é muito ampla e abrange desde o açúcar comum (sacarose) até compostos muito complexos como, por exemplo, o amido. Os glicídios são a principal fonte de energia dos seres vivos. A glicose é usada como combustível pelas células e o cérebro é quase inteiramente dependente dela para realizar as suas funções, incluindo o pensamento. Os glicídios de rápida absorção, como a sacarose, produzem altos níveis de glicose no sangue. Os indivíduos saudáveis são capazes de lidar com isto ajustando a produção de insulina em seu organismo. Para o portador de diabetes, esse mecanismo não funciona adequadamente. A meta no controle diabético é manter os níveis de glicose no sangue dentro dos limites normais. Altos índices de glicose no sangue resultam em sintomas agudos, como sede, maior diurese, dificuldades na coagulação sangüínea e complicações como doenças dos olhos, nervos e sistema circulatório. O reagente de Benedict (Solomons, 2001) foi utilizado há alguns anos para identificar portadores de diabetes através da presença de açú-
cares redutores, principalmente a glicose, em sua urina. A presença destes confere coloração castanha no teste de Benedict devido à reação de redução do íon Cu2+. Hoje em dia, há formas mais modernas e precisas de identificar o diabetes. Entretanto,
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