Glicerol
O processo sulfito é o mais importante processo de produção microbiológica de glicerol, consistindo na adição de sulfito ao meio de fermentação, tendo sido este processo a forma de obtenção do glicerol durante a 1ª e 2ª Guerra Mundial, na Alemanha . A levedura Saccharomyces cerevisiae é utilizada na produção de glicerol por este método. Este processo ocorre em anaerobiose em recipientes de 1000 m3, temperaturas variando de 30-35ºC, durante 2-3 dias. Passa por etapas de filtração e clarificação e após isso a mistura obtida possui 3% de glicerol, 2% de etanol e 1% de acetaldeído, sendo o máximo rendimento de glicerol de 20%. Esta mistura depois de separada por destilação, resulta em glicerol, etanol e acetaldeído e após esta etapa, o glicerol é redestilado por arraste de vapor a pressão reduzida a 180ºC, obtendo-se um produto escuro com concentrações de 60 a 70% .
No caso da produção de glicerol pelo método carbonato, é utilizado carbonato de sódio e a levedura Saccharomyces ellipsoideus. Neste processo o pH é mantido sempre alcalino, sendo o rendimento de 20-25% de glicerol. Estas leveduras podem converter mais que 60% de açúcares em polióis, no entanto, a velocidade de conversão é extremamente baixa. Por isso, mutantes com baixas atividades da enzima álcool desidrogenase e baixa atividade respiratória são desenvolvidas para aumentar a produção de glicerol.
Uma levedura osmotolerante recém descoberta, a Candida glycerinogenes vem sendo empregada na China para a produção industrial de glicerol, devido a sua alta eficiência e conversão e produtividade. A formação de glicerol por essa levedura chega a 110-130 g/L, contra apenas 30-40 g/L, para Saccharomyces cerevisiae