Giulio Carlo Argan Foi O Ltimo Representante De Uma Grande Tradi O Cr Tica Que Corresponde Historicamente Aos Movimentos Modernos Da Arte

1474 palavras 6 páginas
"Giulio Carlo Argan foi o último representante de uma grande tradição crítica que corresponde historicamente aos movimentos modernos da arte. De fato, o crítico e ensaísta italiano provêm de uma escola (a de Adolfo e Lionello Venturi) que procura o sentido da arte na sua história, mais do que em faculdades inatas ou em princípios absolutos. Foi Argan, aliás, que levou essa orientação até as últimas consequências: se a arte é um fenômeno histórico, não há garantia de que ela seja eterna. O desaparecimento do artesanato, de que a arte era guia e modelo, e o surgimento da produção industrial, que se baseia sobre outros princípios, pode muito bem determinar o fim da arte como atividade culturalmente relevante. Essa tese é o pano de fundo desta Arte moderna."
Giulio Carlo Argan
Crítico italiano. Um dos mais expressivos historiadores da arte do século XX. Teórico da estética e ensaísta exemplar. Começando com suas avaliações e estudos sobre a arte Medieval e Renascentista, terminou legando aos entendidos um dos livros mais importantes sobre a arte contemporânea. Pondo-se na defesa do abstracionismo e da arquitetura funcionalista, o que era pouco comum entre os militantes comunistas, mesmo que italianos, tidos como mais liberais e tolerantes nas questões de estética, marcou sua posição entre os críticos que ajudaram na difusão da arte moderna.
No estudo sobre o papel das cidades, classificou-as como "obras de arte", sendo que o centro delas, o núcleo histórico que as engendrou, para ele deve permanecer o mais intacto possível. Argan levou para o urbanismo os seus conceitos mais profundos da estética, definindo a existência de duas correntes históricas da arquitetura moderna que se contrapõe: a racionalista (Le Corbusier, Walter Gropius, Marcel Breuer, Pier Luigi Nervi, Mies van der Rohe, Theo van Doesburg, do grupo De Stijl), e a orgânica (linha representada pelo norte-americano Frank Lloyd Wright).
Como tantos outros críticos de orientação marxista, voltou-se contra a

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