GISELE PAULINI DE SOUZA ACS
Agente comunitário de saúde: Um importante instrumento de promoção da saúde para as famílias no Brasil
Gisele Paulini de Souza, Enfermeira
Especialização em Saúde Pública com ênfase em Saúde da Família – UNIC, 2014
RESUMO
Este artigo pretende...
REVISÃO DA LITERATURA
A Carta de Ottawa1 entende que promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Entende também que para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor de saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.
Esta definição procurou se afastar da ideia que se tinha que saúde é ausência de doença e tentou apresentá-la num cenário holístico. Segundo o dicionário Michaelis da Língua Portuguesa2, esta visão compreende:
“a realidade em totalidades integradas onde cada elemento de um campo considerado reflete e contém todas as dimensões do campo, conforme a indicação de um holograma, evidenciando que a parte está no todo, assim como o todo está na parte, numa inter-relação constante, dinâmica e paradoxal.”
Ainda de acordo com a Carta de Ottawa, este princípio é observado nos recursos fundamentais para a existência da saúde de forma plena (paz, habitação, educação, alimentação, renda, sustentabilidade e justiça social). Cada um dos itens mencionados anteriormente podem ser considerados pilares que sustentam a promoção da saúde. A saúde é o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim