gineco
A ultrassonografia permitiu a observação detalhada das modificações morfológicas das estruturas pélvicas, principalmente após a introdução do exame endovaginal devido o pioneirismo Kratochwil em 1967. Na década de 70, com os conhecimentos dos fenômenos acústicos e do efeito Doppler, Brandestini incrementa a Dopplervelocimetria ao método ultrassonográfico tradicional. Recentemente observamos a introdução da ultrassonografia tridimensional, o que complementou o arsenal de técnicas disponíveis para a avaliação pélvica, contribuindo de sobremaneira para o esclarecimento de várias características funcionais e de processos patológicos em ginecologia, além de auxiliar a punção e coleta de ovócitos.
Para adequado estudo da pelve, deve-se optar pela via transvaginal, visto que permite uma melhor resolução de imagem, embora seu feixe acústico não atinja grandes profundidades. Em casos de úteros volumosos, deve-se complementar com a via abdominal.
1.2 Avaliação do útero O útero é uma estrutura hipoecóica, ou seja, cinza na imagem, com textura uniforme e regular, bem delimitada e razoavelmente macia. Em corte longitudinal aparecerá de forma piriforme e em corte transversal, elíptica. Apesar de apresentar uma textura uniforme, há duas regiões no miométrio, que devem ser observadas: entre terços externos e médio da espessura do miométrio, observam-se vasos tortuosos que correspondem ao plexo arqueado do útero e na porção mais interna, na região subendometrial, costuma-se observar um halo hipoecóico periendometrial.
O volume normal do útero varia de acordo com a idade, a paridade e outros fatores. Considera-se normal um volume uterino de até 90 cm³ para nuligestas e de até 180 cm³ com quatro ou mais filhos. Este volume pode ser calculado pela aplicação da fórmula da elipsoide: diâmetro longitudinal x diâmetro antero-posterior x diâmetro transversal x 0,52. Atualmente com equipamentos de melhor nível temos dado pouca relevância ao volume uterino