O livro “Homens, engenharias e rumos sociais” trata sobre a visão de Gilberto Freyre das engenharias e suas aplicações com a função e o impacto seja social, ambiental, econômico (...) criado por elas. Conceituam-se três divisões de engenharia sobre as quais Gilberto Freyre traça seus estudos, sobretudo no que se referem às suas aplicações as situações brasileiras. i. Engenharia Física: Aparece em quase todas as coisas técnicas ou construções, sendo, portanto, a mais evidente. Manifesta-se sobre a mecanização das coisas. Opera sobre dispositivos para o serviço imediato da humanidade. Casas, pontes, veículos, etc. ii. Engenharia Humana: Quando existe a preocupação em adequar um instrumento ao indivíduo e suas peculiaridades, então trata-se de engenharia humana. Pode ser entendida como ergonomia, ou biomecânica. Segundo professor Ernest J. McCormick: “adaptação ao uso humano do espaço, equipamento e ambiente de trabalho”. A engenharia humana é a relação entre o ser humano e a máquina. Exemplos: Tênis de tamanho adequado a cada pessoa, cinto de segurança de carros com regulação de comprimento que visa o conforto de passageiros. iii. Engenharia Social: Pode ser entendida como a tática inclusa nas outras engenharias que impulsionará mudanças sociais nas inter-relações humanas. Freyre deixa claro que este tipo de engenharia preocupa-se com a adaptação de um grupo social a um novo modelo. Entretanto, não pode ser confundida com ação social, reforma social, ou afins. Define-se, pois, engenharia como “a arte ou ciência – em sentido mais restrito – do emprego de dispositivos e de processos na conversão de recursos naturais ou humanos em formas adequadas ao atendimento de necessidades do mesmo homem”. Ou seja, a engenharia não se limita ao simples fazer. Mesmo quando o instrumento engendrado não atende um âmbito macro social ou econômico, existe uma estratégia por trás do invento, e, portanto, também existem impactos que este invento pode trazer à