Gil Frey

982 palavras 4 páginas
Gilberto Freyre inicia seu prefácio com relatos de seu exílio, quando passou por Salvador e Lisboa, em seguida indo para os Estados Unidos a convite da Universidade de Stanford, contando histórias sobre sua estadia e mostrando diferenças e similaridades entre ambos os lugares, inclusive da grande semelhança do sul dos Estados Unidos com o norte do Brasil em alguns aspéctos.
Prossegue falando do que aprendera com Franz Boas em sua estadia na América, sobre quanto o mesmo o ajudou a entender a antropologia e entrando também no mérito da miscigenação, onde senhores brancos se relacionavam com negras e mulatas, diz ainda "A escassez de mulher branca criou zonas de confraternização entre vencedores e vencidos, entre senhores e escravos". Esse acontecimento de certa forma diminuiu a distância social que existia entre a casa grande e a senzala, pois daí em diante, os senhores brancos passaram a assumir mulheres negras como suas legitimas esposas. Freyre aponta ainda que, o que difere as pessoas não é a sua raça e sim a condição socioeconômica em que vivem, observando então que a causadora da diferença entre brancos e negros, era a hiponutrição, onde negros se alimentavam apenas de peixe seco e farinha de mandioca (mais tarde, de charque também), o que os deixava doentes e causava deficiência em seus membros. Diz também que isso é resultado da monocultura latifundiária.
Fala e exemplifica que "a casagrande, completada pela senzala, pode representar um sistema econômico, social, político: de produção, de trabalho, de transporte, de religião, de vida sexual e de família, de higiene do corpo e da casa e de política". Na sequencia do prefácio, Freyre fala a respeito da casa grande, a casa do homem branco, o senhor de engenho, comentando as influências na planta da casa grande e da importância da mesma, fazendo comparações a conventos jesuítas.
Em suma, Freyre utilizou de uma forma diferente para montar seu prefácio, através de pesquisas, conversas e leituras. Muito do que

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