Giasu Orasmotamo

520 palavras 3 páginas
Lá, lendo desinteressadamente a capa de uma revista de negócios de grande circulação, me deparo com o rufar de tambores anunciando a mais recente modinha corporativa: “a empresa sem chefe”. Bingo, minha criatividade voltou na hora.

Como já afirmei em artigos anteriores, se há dois setores absolutamente sem limites na nossa vida produtiva cotidiana, estes são o governo (com a sua sanha arrecadatória e a sua tara por carimbos e confirmações cartoriais) e o setor corporativo (com suas invenções cosméticas em sua eterna busca pelo “Mundo de Alice”).

Fico aqui imaginando a cena. O jovem (ou velho) recém-contratado, adentrando no ambiente moderninho (de uma empresa que afirma gloriosamente não ter chefes) repleto de almofadas coloridas pelo chão e mesinhas de jogos. Ao redor, panfletos com afirmações politicamente corretas e fichas de adesão para trabalhos voluntários.

No primeiro encontro com um dos sócios (ah, que não é chefe de ninguém ali, deixemos bem claro), escuta dele “Eu não mando em ninguém aqui, sou apenas um amigo e mentor”, seguido de “a propósito, você tem duas semanas para largar esse visual careta e saiba que se não bater a meta do trimestre estará fora. Ah, não gostei muito dos seus últimos posts nas redes sociais, me pereceram muito reacionários, reveja seus conceitos”. Mas o ambiente é de absoluta liberdade – e sem chefes – é claro.

Estereótipos e ironias a parte (afinal de contas, estamos no campo das anedotas), o fato é que a piada anda saindo caro demais. Essa narrativa cosmética que tomou conta de grande

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Como já afirmei em artigos anteriores, se há dois setores absolutamente sem limites na nossa vida

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