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O corpúsculo renal, também denominado corpúsculo de Malpighi, é uma pequena estrutura, com cerca de 200 µm, presente nos rins e é formado pelo glomérulo (emaranhado de capilares) e pela Cápsula de Bowman, sendo esta formada por dois folhetos, um visceral, localizada junto aos vasos capilares e uma parietal, formando a parede do corpúsculo renal. O espaço formado entre esses dois folhetos recebe o nome de espaço capsular, responsável por receber o líquido filtrado através da parede dos capilares e do folheto visceral da Cápsula de Bowman.
Esta estrutura possui um pólo vascular, por onde entra a arteríola aferente e sai à arteríola eferente, e um pólo urinário, onde se inicia o túbulo contorcido proximal. Quando a arteríola aferente penetra no corpúsculo renal, ela se divide em vários vasos capilares que irão formar alças. Além disso, existe comunicação entre os vasos aferentes e eferentes, permitindo circulação do sangue entre eles, sem que passem pelas alças glomerulares.
O folheto parietal é formado por um epitélio simples pavimentoso, que está apoiado sobre uma lâmina basal e também sobre uma fina camada de fibras reticulares. As células do folheto visceral modificam-se durante o desenvolvimento embrionário, passando a ter características próprias, desenvolvendo prolongamentos primários e secundários, sendo denominadas podócitos. Entre os prolongamentos secundários destas células existe um espaço conhecido como fenda de filtração.
Os capilares dos glomérulos são fenestrados, possuindo uma membrana basal entre as células endoteliais e os podócitos que revestem a superfícies externa dos capilares glomerulares, sendo que provavelmente, esta membrana basal seja a principal barreira de filtração glomerular.
A membrana basal glomerular é formada por três diferentes lâminas: lâmina rara interna, lâmina densa e lâmina rara externa. Estas participam também da formação do filtrado glomerular. Este, por sua vez, tem composição semelhante ao plasma sanguíneo, no

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