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No que constituiria afirmação irretorquível, os mapas configuram não só expressão de como determinado espaço é pensado e percebido, mas também dão curso às mais diversas flexões materiais que encontram abrigo na realidade concreta.
No plano da escolarização, ao menos desde o lançamento do Mitchell’s Scholl Atlas, afamado Atlas escolar publicado em 1845 pela família Mitchell, dos EUA, a utilização dos mapas na sala de aula se popularizou nos sistemas de ensino de todo o mundo.
Contemporaneamente, os álbuns de cartas geográficas ² tornaram-se recurso didático disponível a um número cada vez maior de estudantes, aferição que obrigatoriamente nos instigaria a ponderar sobre o papel desempenhado pelos mapas no processo educativo.
Como assevera o geógrafo Denis Cosgrove, “A descrição geográfica, a qual circunscreve o papel de interrogar, sintetizar e representar a diversidade de ambientes, lugares e povos, tem tradicionalmente enfocado, ao apresentar-se junto à sua audiência, com ricas e convincentes imagens visuais. O mapa é um poderoso meio de obter sucesso nestes objetivos” (Geography and Vision, 2008, página 6).
Assumindo essa ponderação como premissa, a intenção precípua desse texto é pontuar a respeito do Mapa da Divisão Regional da África, elaboração cartográfica fundamental para a compreensão das dinâmicas que perpassam pelo espaço continental africano e que a despeito de constituir subsídio imprescindível para o ensino sobre a África, segue ignorado pelos materiais didáticos brasileiros.
Rubrique-se que este mapa sequer faz presença nos Atlas escolares, uma lacuna em franca contraposição com o papel cada vez mais destacado do continente africano no espaço global.
Neste particular, ressalve-se a majestosa magnitude geográfica do continente: um quarto da superfície terrestre. Paralelamente, o espaço africano abriga formidáveis riquezas naturais, estratégicas para o contexto atual da economia mundial. O capital ecológico da