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O termo Eugenia foi criado por Francis Galton (1822-1911), que o definiu como:
O estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja fisica ou mentalmente.
O massacre de grande parte da população judaica da Europa perpetrado pelos nazistas entre 1941-45 ocultou o fato de que a política de extermínio adotada por aquele regime não circunscreveu-se à perseguição anti-semita. Foi muito mais ampla de que se supõe. Tratava-se de um vastíssimo plano de eugenia que englobava outros setores sociais, cujas vidas os nazistas consideravam "indignas de serem vividas" (Lebensuntwertes Leben). Mas a política nazista da eugenia tinha as suas ambigüidades. Ao mesmo tempo em que se praticava a esterilização, a eutanásia e o genocídio, por outro estimulava-se a proliferação da "raça superior", concedendo aos homens selecionados o direito de acasalar-se com várias mulheres, desde que elas fossem de origem ariana.
Quando os soldados alemães ocuparam os países vizinhos, essa prática foi estimulada para que novos seres arianos viessem ao mundo para poder substituir as baixas de guerra que a Alemanha estava sofrendo. As crianças nascidas nessas circunstâncias seriam criadas em orfanatórios especiais (Lebensborn), sob orientação e supervisão do Estado nazista. Nenhum regime político até então havia se inspirado tão fortemente no darwinismo social e numa concepção tão radicalmente biologicista - quase zoológica - como os nazistas o fizeram entre 1933-1945. Assim, a eugenia era tanto o pretexto para a eliminação dos indesejados como para a seleção dos escolhidos.