GETÚLIO VARGAS: DESMISTIFICANDO UM MITO

Ciências Sociais – Ciência Política
Formação Histórica, Econômica e Política do Brasil II 3º semestre/2012
Acadêmica: Gislaine Martins Moreira

GETÚLIO VARGAS: DESMISTIFICANDO UM MITO

Desde sempre, as histórias que ouvimos sobre Getúlio Vargas o descrevem como o “Pai dos Pobres”, defensor implacável da justiça e da ordem, o maior estadista brasileiro de todos os tempos. Por mais surpresa e estranhesa que nos traga, o autor do livro Uma das coisas esquecidas: Getúlio Vargas e controle social no Brasil, R. S. Rose, revela uma outra face desse personagem: violento, o do coronel que comandava jagunços, que exterminava indígenas. A princípio a faceta exposta choca, pois nos faz duvidar que aquele senhor de feição bondosa, sorriso fácil e jeito paternal fosse agir de uma forma contrária daquela que nos conta a história oficial. Porém, o que se detém depois da leitura dos textos sugeridos é que Vargas tinha vontade de ferro, capaz de seguir os caminhos mais tortuosos para atingir seus objetivos; um homem determinado que não se detinha por nada para atingir suas metas. Assim sendo, o reverso da história oficial sobre Getúlio relembra em muitos aspectos a teoria apresentada por Maquiavel em sua maior obra, O Príncipe, segundo o qual “os fins justificam os meios”. Aliás, analisando este livro é possível fazer uma analogia entre Vargas e o Príncipe descrito por maquiavel, levando-se em conta as formas de conquistar o poder e como mantê-lo. Claro que com algumas ressalvas, caso contrário sua história não teria um desfecho tão melancólico. Na introdução, Rose apresenta de modo bastante irônico, os acontecimentos do mês de agosto de 1954 no Brasil que teve seu ponto culminante o suicídio de Getúlio Vargas. Destaca ainda a influência que ele, mesmo depois de morto e de tanto tempo, exerce na comunidade de onde veio, nas lideranças nacionais que se utilizam da comoção popular para exercer poder. O capítulo 1, conta a vida do personagem desde seu