Getúlio no poder
Quando se instaurou a crise do café no Brasil, em 1930, muitas fábricas fecharam suas portas no Rio de Janeiro e em São Paulo; houve demissões em massa, e a cotação do café no mercado internacional despencou. O presidente Washington Luis enfrentava em seu governo a maior crise da história da República. Os fazendeiros começaram a entrar em pânico, o povo desempregado já estava desesperado. E isso tudo em véspera de eleição, na qual Getúlio Vargas era candidato pela Aliança Liberal. João Pessoa, chefe do governo da Paraíba, que também era candidato pelo mesmo partido, foi assassinado neste ano. Esse acontecimento serviu de pretexto para que a oposição ao governo federal e ao recém-eleito presidente da República Júlio Prestes se aguçar. Júlio Prestes estava eleito, mas ainda não havia tomado posse; enquanto isso, conspirava contra o governo nos quartéis e assembleias; somado ao assassinato de João Pessoa, o que contribui para lançar o último vacilo da Aliança Liberal quanto à necessidade de uma ação revolucionária. No início de outubro de 1930, uma revolução começava, porém, próximo o fim do mês, a resistência governista na teve outra opção senão rendição diante às evidências de uma derrota sem batalha: todo o país aclamava Getúlio Vargas, e já no inicio de novembro deste ano, tomou posse ‘’provisoriamente’’ do governo federal. Durante esse governo, Getúlio fez decretos de lei, nomeou interventores, fez atrelamento dos sindicatos ao governo, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, e criou leis trabalhistas, como salário mínimo, oito horas de trabalho diário, aposentadoria e férias.
No inicio do ano seguinte, já era possível notar insatisfação sobre o governo provisório e a tendência a continuar indefinidamente usando meios ditatoriais para conduzir o país. Quando chegou o ano de 1932, São Paulo estava tomada de grandes agitações e manifestações, e ainda no inicio desse ano, mais de 100 mil pessoas exigem a autonomia do Estado e o