Getulio
Se hoje o marketing político é o trunfo do mercado eleitoral para a estratégia do convencimento público, na década de 30, Getúlio dava os primeiros passos para que isso se tornasse uma prática. A imagem do homem que impulsionou o desenvolvimento no país, criou a CSN, a CVRD, a Petrobras, rompeu o tempo contornada pelo simbolismo paternal, sem que isso fosse assim tão espontâneo.
Sua figura foi ‘ lapidada’ com a ajuda do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que tinha como ações promover a política estatal e, principalmente, Getúlio. Era uma espécie de agência de marketing pública. O órgão manteve longe a oposição, através do controle e opressão à liberdade de pensamento e expressão, e trabalhou forte para que Getúlio fosse eternizado como o ‘pai dos pobres’. Não há dúvida de que mitificar essa marca foi um grande case de sucesso da história.
“O DIP era o marketing da época, assim como o rádio e o jornal. A própria história de ter um retrato do presidente em cada repartição pública começou com Getúlio durante o Estado Novo. Essa concepção de que partidos representam apenas interesses pessoais, e não da nação, comungava com a sua ideia dele encarnar o Estado. Eram apenas ele e a população. Getúlio não precisava de intermediadores”, explicou o professor de História da UniRio, Vanderlei Vazelesk Ribeiro.
Mas é claro que, apesar da estratégia de