Gestão
1
Keite Silva de Melo
Antes do advento das TIC e sua crescente expansão territorial, a possibilidade de uma educação a distância de qualidade, que promovesse interação entre os participantes era muito limitada ou até mesmo impossibilitada. Os programas e instituições que ofereciam cursos nesta modalidade, na maior parte das vezes, priorizavam apenas o autoestudo e pouca ou nenhuma interação entre os cursistas. A relação entre o professor e o cursista limitava-se à reatividade, levando este último, à sensação de isolamento devido o pouco estímulo e em último caso, podendo acarretar até mesmo em desistência e evasão. Segundo Nepomuceno, Salles e Pan (2004), podemos reconhecer pelo menos três gerações da EaD:
...na primeira geração encontra-se o ensino por correspondência realizado no final do século XIX caracterizada pela limitação da interação entre aluno e professor. Na segunda geração, o ensino de multimeios a distância, tem por meios principais de difusão o impresso, os programas de áudio e vídeo e em pequena quantidade, os computadores. A terceira geração iniciou-se no final dos anos 90 marcada pelo início da utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC).
De posse da crescente popularização destas tecnologias, do acesso cada dia mais facilitado dos recursos da Web 2.0, das redes sociais, da possibilidade de autoria, contrapondo-se à limitação do consumismo unilateral de informações e produções, entendemos que as instituições preocupadas e envolvidas com cursos de formação, independente da modalidade, precisam incluir em suas ações, a adoção do potencial das mídias e do ciberespaço. Outra característica fundamental que consideramos em cursos a distância é a interatividade que o curso precisa propiciar. Segundo Silva (2000), podemos entender a interatividade como um conceito próprio da comunicação, onde o emissor e receptor co-criam a mensagem. Cursos a