Gestão
GESTÃO
A hora da mudança O
que fazer quando sua empresa precisa passar por uma mudança, de grande ou de pequeno porte? Quais são os caminhos a serem tomados e quais os obstáculos a serem enfrentados? Este artigo sugere um modelo para a gestão de mudanças planejadas, o V.I.A.R.M.A., que se baseia na tese de que o processo transformacional pode ser realizado de cima para baixo, sustentando-se em dois pilares distintos: liderança e gestão. Somente a conjugação dessas duas dimensões de ação pode garantir o êxito da mudança planejada.
por Arménio Rego Universidade de Aveiro e Miguel Pina e Cunha Universidade Nova de Lisboa
Processo planejado. Duas visões estreitamente relacionadas predominam em livros e teorias sobre processos de mudança. A primeira corresponde à idéia de que a mudança é um processo que pode/deve ser planejado. A segunda dita que a gestão da mudança é algo definido inicialmente no topo, para só então percorrer os diversos níveis e meandros
da organização. Embora o processo como um todo não esteja, como veremos, isento de dificuldades e riscos, procuraremos descrevê-lo de forma a que esses percalços possam ser minimizados e, se possível, eliminados.
Digamos, por exemplo, que a diretoria da empresa procure introduzir uma política de comunicação interna menos
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GESTÃO: A HORA DA MUDANÇA
hierarquizada e mais reticular, ou que então busque incutir entre os empregados a orientação permanente para a inovação de produtos. Há também a possibilidade de que a diretoria tente “inverter a pirâmide”, colocando no “topo” os agentes operacionais que asseguram a qualidade do serviço ao cliente, posicionando na “base” – retaguarda – os gestores e pessoal de apoio, cuja incumbência é garantir a boa atuação dos operacionais. Os diretores podem decidir criar e implementar um código de ética que norteie as atuações cotidianas dos funcionários na