Gestão
O medicamento do ponto de vista da economia (ciência da escassez) é considerado um bem econômico, pois está disponível em quantidade inferior a que realmente o sistema de saúde necessita ou deseja para satisfazer aos seus provedores e usuários. Os estudos de avaliação econômica, um dos enfoques abordados na Farmacoeconomia, têm sido utilizados por vários países como forma de otimizar eficientemente o uso dos medicamentos nos diferentes níveis de atenção à saúde. O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão conceitual sobre Farmacoeconomia, bem como, discutir sua inclusão nas diretrizes definidas como prioritárias pela Política de Medicamentos no Brasil.
O objetivo principal de tal política é o acesso da população a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade, ao menor custo possível, o que deveria traduzir-se em ganhos de eficiência para o setor saúde.
A avaliação farmacoeconômica consiste em um conjunto de procedimentos ou técnicas relacionadas à identificação, medição e quantificação dos efeitos sobre a saúde e sobre os recursos econômicos, permitindo eleger entre duas ou mais alternativas terapêuticas a que melhor resultado origina para a sociedade. As publicações internacionais têm evidenciado o uso crescente das técnicas de avaliação econômica para subsidiar a tomada de decisões na gestão sanitária. É, portanto evidente que os profissionais que trabalham, principalmente em nível de microgestão (gestão clínica), necessitam de conhecimentos básicos sobre termos e conceitos utilizados tanto na Farmacoeconomia quanto na Economia da Saúde, a saber: eficácia, efetividade, eficiência e equidade, como forma de maximizar suas decisões clínicas.
A Eficácia reflete a probabilidade de que um indivíduo seja beneficiado por um medicamento em condições ideais de sua utilização.
Efetividade quando o que é medido é a probabilidade real (na prática clínica diária) de um