gestão social e terceiro setor
Jucyana Borges Amorim *
Joseane Gomes da Silva **
Resumo: O presente artigo tem por finalidade fazer uma abordagem sucinta, porém clara, da Responsabilidade Social corporativa como fator positivo para a sociedade contemporânea em que estamos inseridos. Trata-se ainda de demonstrar como a escola, enquanto instituição privada pode ser difusora da responsabilidade social, e ao final do artigo propõe-se novas abordagens de responsabilidade social dentro e fora da escola.
Palavra-chave: Estado, Sociedade Civil, Terceiro Setor, Questão Social
Introdução
Na década de 90 a Reforma do Estado passa a ser tema de debates, justificada por uma crise do Estado, a qual teve início nos anos 70, sendo que o crescimento excessivo das demandas sociais e a crise fiscal decorrente são pontos desencadeadores do debate. E essa crise acaba afetando as condições de intervenção do Estado, gerando dificuldades financeiras e administrativas.
A Reforma do Estado promove uma nova gestão gerencial modificando a relação Estado/Sociedade e público/privado, sob o argumento do aumento do poder da sociedade civil através de suas organizações – as ONGs -, com caráter público, transmitindo a imagem de um modelo democrático e favorável ao controle social da sociedade sob as ações públicas.
De acordo com Rosanvallon (1997), o Terceiro Setor é funcional na estratégia de “reprivatização” da questão social, com a desresponsabilização do Estado, que para o neoliberalismo não se restringe apenas às ações de privatização, como aquelas repassadas para o mercado, mas também o repasse de responsabilidades do Estado para o terceiro setor.
Para o autor esta é uma tendência neoliberal de redução da demanda do Estado, repassando para o mercado ou para a sociedade civil, transferindo os serviços sociais para a “lógica da competição”, do mercado, espaço este não garantidor de políticas de cidadania, de direitos