Gestão flexivel
No sistema de produção flexível, que acompanha a implantação do toyotismo, essas variáveis passam a ser cooptadas de maneira mais incisiva, através de mecanismos ideológicos de comprometimento aos objetivos da empresa, como bonificações financeiras e simbólicas individuais, participação nos lucros, sugestões e idéias, etc. Portanto, esse sistema tem como finalidade principal a captação da subjetividade operária, buscando promover uma nova via de racionalização do trabalho.
Assim, apesar do toyotismo manter o princípio de racionalização do trabalho já presentes no taylorismo e no fordismo, ele busca, ainda, desenvolver mais profundamente o controle do elemento subjetivo no interior da produção capitalista, o que geraria, segundo Giovanni Alves
(2000), uma nova subsunção real do trabalho ao capital, que Rui Fausto (1989) denominou subordinação formal-intelectual do trabalho ao capital. Diante da nova organização flexível do trabalho, segundo Fausto, se daria a subsunção formal-intelectual, na qual os trabalhadores possuem conhecimento da utilização das máquinas em todos os níveis da produção devido à automação, no entanto, têm sua subjetividade direcionada para os interesses burgueses, em conseqüência dos mecanismos político-ideológicos