gestão estratégica de pessoas e inovação:estudo de caso no contexto hospitalar
ISSN 0080-2107
Gestão estratégica de pessoas e inovação: estudos de caso no contexto hospitalar
Recebido em 12/abril/2012
Aprovado em 15/fevereiro/2013
Ana Carolina Spolidoro Queiroz
Cargill Agrícola S.A. – São Paulo/SP, Brasil
Sistema de Avaliação: Double Blind Review
Editor Científico: Nicolau Reinhard
Lindolfo Galvão de Albuquerque
Universidade de São Paulo – São Paulo/SP, Brasil
RESUMO
Ana Maria Malik
Fundação Getulio Vargas – São Paulo/SP, Brasil
DOI:10.5700/rausp1112
Neste trabalho, procurou-se analisar as relações entre variáveis do contexto organizacional e de gestão de pessoas e as inovações. Os principais objetivos foram analisar e comparar os aspectos organizacionais e de gestão de pessoas que têm contribuído para a implementação de inovações. Foram conduzidos três estudos de caso em instituições hospitalares, duas localizadas no Brasil e uma nos Estados Unidos. Os resultados da pesquisa indicaram que a adoção de determinadas variáveis do contexto organizacional e de gestão de pessoas poderá estimular a inovação. Além disso, foi possível concluir que essas mesmas variáveis, quando alinhadas aos objetivos organizacionais de inovação, poderão facilitar a superação de obstáculos inerentes ao setor da saúde e que impedem a implementação bem-sucedida de inovações.
Palavras-chave: gestão estratégica de pessoas, inovação, gestão da saúde.
1. INTRODUÇÃO
No âmbito internacional, observa-se um debate acirrado sobre as fragilidades do sistema de saúde dos Estados Unidos e suas causas. Desde 1999, relatórios do Institute of Medicine (Instituto de Medicina) nos Estados Unidos têm demonstrado ao público que o erro na atividade médica é uma das principais causas de morte naquele país, à frente de acidentes de carro e câncer de mama
(Kohn, Korrigan, & Donaldson, 1999). Tais erros são atribuídos a problemas de qualidade, a dificuldades de implementações de inovações (Kahtri, Baveja,
Boren & Mammo, 2006;