Gestão empresarial2
GESTÃO EMPRESARIAL / 1
Empresas como HSBC, Itaipu Binacional e Mapfre descobriram como administrar o capital intelectual de seus profissionais. Aprenda com o exemplo delas.
Juliana Marques , principal executiva do projeto de gestão do conhecimento do HSBC: participação ativa de todos, incluindo o presidente.
Em 1980, o escritor americano Alvin Toffler, célebre por suas projeções sobre o futuro, publicou um livro que marcou época, A Terceira Onda, no qual descreve as três grandes revoluções que, em sua análise, mudaram profundamente a história da humanidade. A primeira foi a revolução agrícola, há cerca de 10 000 anos. A segunda, a revolução industrial, há quase 300 anos. E a terceira é a revolução do conhecimento, que está acontecendo agora. Na atual revolução — ou onda, usando a expressão de Toffler —, o computador tornou-se o meio dominante de produção. “O conhecimento é a fonte mais democrática de poder”, afirma o futurista americano. Para o professor André Fischer, da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo, a gestão do conhecimento se equipara hoje ao movimento pela gestão da qualidade, ocorrido na década de 80, e ao da estratégia, na década de 70. “Esse assunto ficou nobre porque as empresas e as pessoas estão mudando”, diz Fischer. No mundo dos negócios, muitas organizações estão vivendo o momento decisivo da terceira onda preconizada por Toffler. As informações se multiplicam de forma exponencial e acelerada, mas elas estão dispersas na cabeça dos funcionários ou nas rotinas e processos dos diferentes departamentos. Para tirar proveito desse rico caldeirão de idéias, é fundamental criar uma estrutura de gestão do conhecimento, conhecida também pela sigla GC, que possibilite a captação, a retenção, o acesso e o compartilhamento dos conteúdos gerados — o que é bom tanto para os funcionários quanto para a empresa. “Falar em conhecimento não é nada novo, mas focar na sua gestão é algo revolucionário e tem uma razão muito