Gestão do conhecimento
Neste sub-capítulo, procuraremos mostrar, a partir da análise da literatura, que a necessidade de aprendizado deve e está sendo, cada vez mais, estendida para além das fronteiras da empresa, ou seja, clientes, fornecedores, outras empresas (concorrentes ou não), institutos de pesquisa, universidades etc. Focaremos nossa análise, em particular, na questão do aprendizado por meio da formação de redes de alianças empresariais, em função da complexidade e importância deste último tema, conforme conclusão de recente trabalho do IPEA (1997):
No contexto internacional da década de 90, as taxas necessárias de mudança são muito maiores que no passado, as direções da mudança são diferentes e muito mais complexas, os processos subjacentes às mudanças deverão se dirigir a maior investimento nos próprios recursos das empresas, e a base organizacional da mudança deverá envolver padrões mais intensivos de colaboração entre empresas e outras organizações de P&D .
O aprendizado com o ambiente e, em particular, a articulação de alianças representam, entretanto, como veremos a seguir, um grande desafio em termos de gestão, especialmente para empresas de países em desenvolvimento, como o Brasil. De fato, alguns trabalhos bem recentes, citados mais adiante, mostram ser altamente preocupante o atual afastamento das empresas brasileiras da rota dos importantes acordos e parcerias internacionais. Neste sentido, estaremos, também, destacando algumas práticas e cuidados, baseados em trabalhos da literatura, que podem aumentar bastante a probabilidade de sucesso de futuras iniciativas de empresas brasileiras.
Para uma melhor organização da discussão deste tema, dividimos a sua abordagem em três partes:
• Motivadores, tendências e experiências internacionais
• A experiência brasileira
• Gestão do aprendizado externo à empresa
4.4.1 Motivadores, tendências e experiências internacionais
São vários os trabalhos que apontam para uma