Gestão democrática: um estudo de caso
Segundo Mograbi (2002):
Teorizar é tematizar, trazer à consciência o que usamos como pressupostos. As teorias podem iluminar nossos caminhos. Conhecê-las, ter sensibilidade e compromisso político nos levam a buscar caminhos próprios e criativos para o desenvolvimento de nossas práticas cotidianas, que devem estar voltadas para uma educação inclusiva e de êxito escolar. Este é o nosso grande desafio. (Nós da Escola, p. 4)
É a partir dessa reflexão que parti em busca de uma teorização do trabalho de Gestor dentro de uma escola pública que está na busca de uma escola inclusiva e de qualidade.
Cada vez mais os profissionais de hoje, em especial os de educação, estão se defrontando com novos desafios, tais como a globalização, a descentralização, as novas tecnologias de informação, a terceirização... As próprias noções de trabalho e emprego estão mudando e conseqüentemente, a própria formação para o trabalho e vida em sociedade.
Nesse sentido, a Escola deixou de ser simplesmente um espaço de aquisição de conceitos para um espaço de formação de cidadãos críticos e competentes, onde o Diretor deixa de ser um administrador para um gestor, ampliando seu papel dentro e fora da Escola.
Hoje, a globalização é um fator condicionante de toda a ação administrativa. A evolução tecnológica acelerada é outro fator fundamental para a compreensão das mudanças que estão ocorrendo. Além disso, vem ocorrendo dentro das Unidades Escolares um processo de descentralização das decisões, onde o Diretor divide a responsabilidade com todos, processo que apesar de dar maior agilidade e transparência em suas ações, torna também mais trabalhoso o dia-a-dia, pois, numa Gestão compartilhada, democrática e participativa não pode haver imposição, senão deixa de sê-la.
O presente trabalho visa mostrar que o Diretor, além de seu papel de administrador, tem também uma função transformadora,