Gestão de resíduos
Neste século, o mundo está passando por um processo de revalorização ambiental, onde, procura-se resgatar a essência frente às relações sociedade/natureza, uma vez que o processo de industrialização atualmente realizado explora violentamente os recursos naturais, causando efeitos danosos para a natureza e o homem, trazendo um crescimento sem limites em que o desenvolvimento os domina (MACHADO et al., 2006).
Ainda no século passado, entre os anos 60/70, notou-se que os recursos naturais eram esgotáveis e o crescimento revelava-se insustentável, surgindo desta forma a necessidade de escolher novos valores e normas (idem). As ações adotadas no começo da Revolução Industrial, principalmente no que se diz respeito à geração e descarte do lixo gerado, começaram a ser repensadas.
Segundo Fadini e Fadini (2001) a primeira ação tomada pelos governos, logo após a Revolução Industrial, foi a de tratar o lixo como um problema que devesse ser escondido da sociedade, passando a depositá-lo em locais distantes. Esses locais, no entanto, foram rapidamente alcançados e até mesmo incorporados em decorrência da explosão urbana, um reflexo do próprio desenvolvimento industrial, sendo notório o despreparo das cidades em acompanhá-lo. Os resultados dessas ações foram claros e imediatos, além de resultarem em uma aproximação da sociedade e aumentarem os problemas com saneamento básico e riscos de contaminação, os locais de disposição tornaram-se cada vez mais escassos.
Ângulo et al.. (2010) explica que a industrialização e as novas tecnologias refletem no aumento da população regional, bem como, do consumo e da geração de resíduos, já que, segundo Abreu e Palhares (2006), a atual economia incentiva o consumo exagerado como forma de manterem vivas as indústrias que operam com tanta “eficiência” e produtividade, uma vez que a inovação estabelece tempos menores de vida útil aos produtos, induzindo o consumidor a substituir os antigos por outros mais modernos,