Gestão de Processos na Escola
O texto aborda a temática das teorias administrativas da escola, bem como a substituição de uma gestão centralizadora por uma mais democrática voltada para os processos pedagógicos. Segundo Costa (1996) há seis teorias que podem direcionar a organização escolar, são elas: como empresa, como arena política, como democracia, como burocracia, como anarquia e como cultura. Muitas pesquisas apontam fortes indícios desses modelos teóricos existentes nas escolas. Conforme Libâneo (2003), “a escola é uma unidade social que reúne pessoas que interagem entre si...”, partindo desta concepção, a escola contemporânea exige um gestor que promova o diálogo entre todos os envolvidos no processo educativo, ou seja, um gestor que dê vez e voz aos professores, alunos, demais funcionários, pais e comunidade, um gestor que norteia e direciona as tomadas de decisões sob uma perspectiva democrática e descentralizada. O texto também aponta questões sobre a autonomia da escola, e que esta não deve limitar-se apenas à administração financeira, mas que seja construída por meio da capacidade de tomar decisões compartilhadas e comprometidas com a resolução de problemas. Partindo desta concepção, o conceito de gestão permeia outras demandas, tais como a exigência de educação de qualidade, as conquistas políticas educacionais contemporâneas, pesquisas científicas no campo da administração e gestão da educação escolar. Enfim, a ação do gestor vai além dos aspectos administrativos, ele torna-se o principal catalisador, que se compromete com a comunidade em oferecer um serviço de qualidade, com competências para organizar os trabalhos administrativos burocráticos e liderar politicamente, isto é, legitimar sua função e acima de tudo exercer o trabalho pedagógico.