Gestão de Políticas Pública
Neste sentido, explica o autor que a democracia pressupõe a participação dos cidadãos na tomada de decisões, o que impede a formação de governos autoritários, cruéis e que não respeitem as liberdade individuais, premissa básica da democracia. A fim de corroborar sua tese, Dahl lembra dos governos totalitários de Stálin e Hitler, que implicaram a morte de dezenas de civis, simplesmente para a manutenção dos regimes por eles imposto, já que essas pessoas ou eram consideradas inimigas políticas, por não compactuarem com o regime imposto, ou simplesmente eram tidas como indesejáveis.
Claro que o autor não cai na ingenuidade de afirmar que as democracias não têm suas falhas, até porque sabe-se que os governos populares nem sempre atingem as minorias, embora a contemplação dos grupos minoritários seja esperada.
Nestes casos, o esperado é que, ao longo do tempo, com o amadurecimento das ideias democráticas, todos possam participar dos processos políticos. Exemplo disso, citado no próprio, texto, é o sufrágio universal, adotado nos países democráticos. Durante muito tempo, embora representasse o exercício da vida política das pessoas, o voto era permitido a alguns grupos, ficando de fora, por exemplo, as mulheres. Por sorte, essa falha encontra-se atualmente superada nos países democráticos.
Eis aqui mais uma vantagem do governo popular: não é possível atingir a satisfação de todos, mas aqueles que se sentem desfavorecidos podem reivindicar seus interesses, ao contrário do que ocorre nos regimes totalitários.
Mas muito além do direito de votar, a democracia pressupõe o direito de participar dos processos decisórios, daí que a liberdade de expressão mostra-se valiosa ferramenta para a manutenção e regulação do governo popular. Um Estado totalitário jamais permite, por questões óbvias, manifestações de insatisfação das