Gestão de pessoas
R: A medicina do trabalho surge na Inglaterra, na primeira metade do século XIX, com a Revolução Industrial1. Naquele momento, o uso da força de trabalho, resultante da submissão dos trabalhadores a um processo acelerado e desumano de produção, exigia uma intervenção, sob pena de tornar inviável a sobrevivência e reprodução do próprio processo1. Porém esse modelo primitivo da saúde do trabalhador atendia o interesse principalmente do dono da fabrica e não do funcionário, visto que a fragilidade dos sistemas de assistência à saúde seja como seguro social, ou serviços de saúde pública, provido pelo Estado, fez com que os serviços médicos das empresas passassem a criar e manter a dependência do trabalhador (e freqüentemente de seus familiares), ao lado do exercício direto do controle da força de trabalho1.
Essa idéia primitiva de medicina do trabalho, surgida durante a Revolução Industrial na Inglaterra, se divulga em vários países. Porém somente nos meados do século XX, é que surge a preocupação por prover serviços médicos aos trabalhadores, na Conferência Internacional do Trabalho através da Recomendação 97 (1953)1.
A Recomendação 97 criava a "Proteção da Saúde dos Trabalhadores", que obrigava os Estados Membros da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a promover à formação de médicos do trabalho qualificados e o estudo da organização de "Serviços de Medicina do Trabalho"1. Após essas ações, em 1959, a experiência dos países industrializados transformou-se na Recomendação 112, sobre "Serviços de Medicina do Trabalho", aprovada pela Conferência Internacional do Trabalho. Este primeiro instrumento normativo de âmbito internacional abordava aspectos que incluem sua definição, métodos de aplicação da Recomendação, organização dos Serviços, suas funções, pessoal e instalações, e meios de ação1.
A Recomendação 112 fundamentalmente tinha como objetivo oferecer serviços médicos instalados no local