gestão de pessoas
Resumo
Este artigo tem como objetivo fazer uma análise crítica sobre as transformações no mundo do trabalho a partir da crise do Welfare State e das reformas neoliberais – seus impactos no mercado de trabalho brasileiro desde a regulamentação das leis trabalhistas até a flexibilização nas relações de trabalho e o desafio da economia solidária diante deste cenário de precarização do trabalho e desemprego. A questão que se coloca é se as cooperativas e/ou empreendimentos econômicos solidários representam mais uma forma de flexibilização do trabalho, adequando-o produtivamente ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico das empresas rurais e urbanas, ou se as mesmas constituem um projeto alternativo à organização do trabalho capitalista, baseado na solidariedade entre os trabalhadores e não na competição. Partimos do princípio de que existe uma diferenciação entre as Cooperativas Tradicionais - que funcionam, sobretudo como sociedade de capital, ou seja, maximizam oportunidades e atingem uma racionalidade econômica semelhante às das demais empresas capitalistas através de mecanismos tecnológicos, financeiros e organizacionais, dinamizando sua produção essencialmente em relação ao mercado, acumulando e centralizando capital sem a preocupação principal com a justiça social; e as cooperativas e/ou empreendimentos econômicos solidários que são organizações autogeridas que reúnem maioritariamente ou totalmente trabalhadores em condições de exercício da posse coletiva dos meios de produção, em que o trabalho do associado é organizado mediante planejamento e normas coletivas autonomamente decididas e os resultados da produção são distribuídos com base na participação do trabalho de cada associado.
Palavras Chave: cooperativismo, flexibilização nas relações de trabalho, economia solidária
Tema VII - As reformas trabalhista e previdenciária e suas relações com o crescimento