Gestão de Pessoas
No capítulo 4 – “Criação do Conhecimento como Processo Sintetizador”, os autores afirmam que o conhecimento não é criado espontaneamente, mas através de interação entre indivíduos, a organização e o ambiente. A criação do conhecimento inicia com o processo de socialização no qual o novo conhecimento tácito é convertido através das experiências compartilhadas na interação social do dia a dia. Eles defendem ainda que o papel da organização no processo de criação do conhecimento organizacional é promover o contexto apropriado para facilitar as atividades de grupo.
Segundo os autores, o conhecimento necessita de um contexto físico para que seja criado. O conhecimento não pode ser criado no vácuo, e necessita de um lugar onde a informação recebe significado através de interpretação para transformar-se em conhecimento. No livro, os autores introduziram o conceito de “ba” (que significa grosseiramente “lugar”) para definir o local no qual o conhecimento é criado, partilhado e utilizado.
Embora seja fácil considerar o ba como um espaço físico como uma sala de reuniões, ele deve ser entendido como interações que ocorrem em um tempo e local específicos. O ba pode emergir em indivíduos, grupos de trabalho, equipes de projeto, círculos informais, encontros temporários e em espaços virtuais como grupos de e-mail e redes sociais. O ba é um local existencial onde os participantes partilham seu contexto e criam novos significados através de interações. Os participantes do ba trazem seus próprios contextos e, por meio das interações com os outros e o ambiente, mudam o contexto do ba, dos participantes e do ambiente. Na criação do conhecimento, a geração e a regeneralização do ba é a chave, pois o ba proporciona energia, qualidade e local para desempenhar as conversões individuais e percorrer a espiral do conhecimento. O ba é onde a informação é interpretada para tornar-se conhecimento.
O paradigma de Nonaka sobre a criação do