Gestão de instituição educacionais
Ao perspectivamos as escolas como instituições democráticas no contexto dascomplexas dinâmicas de poder constitutivas da realidade social e educativa, não podemos deixar de vislumbrar as práticas educativas como um importante desafio à injustiça social, o que nos remete de forma indiscutível para a necessidade de uma educação transformadora, em que as mais variadas formas de injustiça estejam presentes no trabalho e nas práticas escolares. Com efeito, trata-se de lhes garantir alguma notoriedade pública no seio das escolas que permita a construção de possibilidades de agência, um conteúdo político conducente a mudança que garanta a paridade participativa de todos na vida escolar. Isso significa que as instituições educativas precisam mergulhar profundamente nas comunidades locais em que se inserem, abrirem-se para trabalhar com e para todas as pessoas e instituições da comunidade interessadas na educação democrática e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, lidar com a realidade social injusta nas suas práticas educativas, promovendo o trabalho educativo como activismo para transformação social. Os professores terão de criar as condições de diálogo e de cooperação conducentes a edificação de projetos educativos que resultem dos saberes, desejos, necessidades e aspirações das pessoas de cada comunidade local. Verdadeiros projetos educativos ao serviço do bem comum e da cultura democrática e não documentos inúteis que jazem de forma lamentável pelas estantes das escolas. O desenvolvimento dos currículos terá de partir necessariamente das vivências das crianças e dos jovens, da sua cultura, daquilo que os preocupa, que lhes interessa, sem evitar que o poder seja constitutivo da realidade social. As suas finalidades terão de traduzir os valores democráticos da liberdade, solidariedade e igualdade, no desafio permanente à injustiça social. O repto é enorme. Contudo, não o