A gestão da formação é um processo crucial que se reflecte nas práticas formativas. A literatura académica não é unânime na definição de formação, nem tão pouco na forma como esta deve ser gerida. Pode-se, contudo, como neste estudo se procura mostrar, identificar algumas abordagens centrais face a esta problemática. Muitas destas abordagens apresentam um cariz tecnicista, concebendo a formação como um elemento essencial para cumprir com os requisitos do desenvolvimento de competências técnicas que sirvam para um bom desempenho no posto de trabalho. Simultaneamente, exclui-se do campo da formação dimensões relacionais, individuais e contextuais, centrais para a formação do indivíduo. Outras abordagens apresentam um conjunto de visões, de um pendor mais humanista, centradas no envolvimento dos actores no processo formativo, perspectivando a formação não só como elemento favorecedor do trabalho e da economia mas também, e sobretudo, como uma fonte de satisfação e de melhoria das condições pessoais e sociais. Neste trabalho, e perante estas perspectivas, traçou-se um percurso investigativo de forma a constatar quais são os sentidos dados à formação quando esta é posta em prática, no caso concreto numa Associação Empresarial. Estes “sentidos” são dados por todos aqueles que colaboram no processo formativo, nomeadamente por aqueles que gerem a formação e que acompanham o seu desenvolvimento no decorrer do tempo – os técnicos/consultores de formação. Estes actores do processo formativo são os “responsáveis” pelas acções de formação e, por isso, pela boa execução das tarefas de concepção, preparação, desenvolvimento e avaliação da formação/acção. Este trabalho afigura-se como um contributo para um melhor entendimento das práticas de gestão da formação e sobre a forma como elas são congruentes, ou não, com as diversas perspectivas teóricas. Nele se conclui que as práticas de desenvolvimento da formação e da sua gestão se inserem numa perspectiva neo-taylorista de