Gestão de Beneficios
Empresas apostam em agrados para tornar o cotidiano da equipe mais leve e fidelizar os colaboradores
SUZANE G. FRUTUOSO
09/10/2013 07h01 - Atualizado em 09/10/2013 08h06
Por lei, as empresas devem garantir a seus empregados, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), vale transporte, férias e décimo terceiro. Outros benefícios, como assistência médica, auxílio creche e bolsa de estudos, por exemplo, são opcionais. Podem, no entanto, ser obrigatórios dependendo de acordos coletivos com sindicatos. Para algumas corporações ainda é pouco. Elas apostam também em agrados para fidelizar os funcionários.
Muitas empresas já perceberam que negligenciar o capital humano é um erro. A insatisfação causa alta rotatividade de pessoal. O dinheiro se perde e os processos ficam lentos com a recorrente necessidade de treinar gente nova. “Em um mercado competitivo, corporações que oferecem algo a mais para seus funcionários são capazes de atrair e reter talentos”, diz Bruno Mendonça, consultor e analista de estudos do Instituto Great Place to Work (GPTW), que premia as melhores empresas para trabalhar.
Na pesquisa GPTW 2013, 82% dos funcionários afirmaram confiar na credibilidade, no respeito e na imparcialidade dos seus gestores, orgulham-se de trabalhar onde trabalham e atestam que há um sentimento de camaradagem entre os colegas. Nas melhores, benefícios diferenciados são recorrentes.
“Qualquer prática que ajude funcionários a equilibrar vida profissional e pessoal é válida”, diz Mendonça. Criar um clima informal melhora as relações no ambiente de trabalho. “Mas benefício diferente não garante motivação”, diz Denise Delboni, professora de relações do trabalho da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Ela afirma que as iniciativas têm seu valor como complemento. “Só não substituem bônus, prêmios individuais, participação nos lucros.”
A permissão do uso de roupas casuais ou de sair um dia da semana mais cedo já são práticas