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Época negócios

Por - Alexandre Teixeira em 04/09/2009

“O CEO Atala”

Você já deve ter provado os pratos de Alex Atala. Mas talvez desconheça seu lado gestor. Então, saiba que o chef do D.O.M. segue a cartilha de Beto Sicupira*, da turma do garantia, mas não levou a meritocracia para a cozinha.

DESAFIOS GERENCIAIS

Atala se deu conta cedo de que, além de se dedicar à cozinha, ia ter de encarar desafios gerenciais. “Em 1993, eu morava na Itália e era cozinheiro de um restaurante razoável. Minha mulher ficou grávida e descobri que naquele momento da vida não tinha de pensar mais em mim. Pela primeira vez, tive de começar a gerir realmente as contas”, afirma. “Essa é uma descoberta que veio da vida pessoal para a profissional.”

Desde então, sua rotina nunca mais se acalmou. Atala é encontrado no D.O.M. a partir das 10h30, no máximo 11h, já com o dólmã. E pode ser visto por lá até, pelo menos, 1h da madrugada. “Nesse meio-tempo, ainda gravo um programa de rádio, sou pai de três filhos e gosto de fazer esporte.” Desde o início do ano, também tem dedicado atenção ao Dalva e Dito, do qual é sócio investidor. “Para uma casa nova, está boa. Para um bom restaurante, falta muito.” Isso significa que o chef, com justificada fama de perfeccionista, precisa se dividir entre os dois restaurantes – situação que, espera ele, será temporária. “A ideia é que minha empresa [que são na realidade três: a 21 Gastronomia, de eventos, o D.O.M. Restaurante e o Dalva e Dito] tem de me dar o luxo de ser cozinheiro do meu restaurante”, afirma Atala. Por ora, isso ainda não é possível.

Não raramente, Atala põe a mão quase literalmente na massa. Na tarde em que recebeu Época NEGÓCIOS, no Dalva e Dito, demorou a sentar-se à mesa porque estava com Sérgio Waldrich, o presidente da Bunge. “Estou brigando com eles por causa de farinha”, diz Atala. “ Preciso de uma farinha melhor para o meu pão. Se tiver de falar com o presidente, não vou

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