Gestão da qualidade para a melhoria da eficiência em siderurgia
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Há pelo menos 30 anos, diferentes técnicas de controle e gestão da qualidade vem sendo empregadas em indústrias siderúrgicas com diferentes graus de sucesso. Freqüentemente os insucessos -medidos pelo reduzido aumento de eficiência ou da qualidade- são atribuídos aos sistemas, ferramentas ou metodologias empregados, justificando a introdução de técnicas e sistemas ainda mais complexos, sem que os objetivos desejados sejam atingidos. Em que pese a importância das ferramentas e metodologias empregadas, estes não são os únicos fatores relevantes para o sucesso de um esforço para a melhoria da eficiência de um empreendimento. Neste trabalho, algumas das principais barreiras a obtenção de melhorias de eficiência através de sistemas de gestão da qualidade em siderurgia são discutidas e exemplos apresentados. Problemas como sistemas que não se adaptam ao negócio da empresa, multiplicidade de sistemas para atender requisitos normativos, falta de integração das ações voltadas para processo, pessoal e organização e a freqüente falta de coordenação entre os agentes tecnológicos da empresa e o desenvolvimento dos processos da qualidade são discutidos. Além disto, a importância do desenvolvimento dos processos produtivos em paralelo aos processos gerenciais é enfatizada, uma vez que na indústria siderúrgica, o desenvolvimento dos processos industriais vem se tornando cada vez mais central para a eficiência do ne gócio. Conclui-se que, para que as modernas ferramentas da qualidade disponíveis atualmente possam efetivamente contribuir para o aumento da eficiência e da melhoria do desempenho, algumas barreiras devem ser vencidas, independentemente das ferramentas empregadas.
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Contribuição apresentada no IX Encontro de Gestão da Qualidade –2000, ABM, 30 e 31 de agosto de 2000, Sâo Paulo, SP.
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Membro da ABM, PhD, Diretor Técnico do Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear e o Professor da EEIMVR-UFF,