Gestão da qualidade de vida
Em 1950 surgiram as primeiras teorias que associavam a produtividade à satisfação do colaborador, a partir da abordagem sociotécnica como um dos vários estudos empreendidos por um grupo de pesquisadores do Instituto Tavistock de Londres, sob a coordenação de Eric Trist, em que sinalizaram a importância dos fatores psicológicos e sociais na dinâmica organizacional.
Basicamente, pensava-se que não só era possível unir a produtividade a satisfação, como o bom desempenho do trabalhador lhe proporcionava satisfação e realização. No entanto, apesar do movimento ter sido iniciado na década de 50 somente na década de 60 tomaram impulso iniciativas de cientistas sociais, líderes sindicais, empresários e governantes, na busca por melhores formas de organizar o trabalho a fim de minimizar os efeitos negativos do emprego na saúde e bem-estar geral dos trabalhadores (FERNANDES: 1996).
Os anos 60 apresentaram a sociedade vivendo uma convulsão social, diante dos questionamentos ao funcionamento de suas estruturas. Os movimentos reivindicatórios dos trabalhadores norte-americanos e a não passividade dos estudantes franceses foram dois grandes marcos dessa fase. Essa postura teve reflexos imediatos no interior da organização e esse contexto tornou o indivíduo mais consciente e favoreceu o desenvolvimento de estudos iniciados na década anterior nos Estados Unidos e Inglaterra e denominado de Qualidade de vida no trabalho – QVT.
Para Chiavenato (2004), o termo Qualidade de Vida no Trabalho foi cunhado por Louis Davis, na década de 1970, quando desenvolvia um projeto sobre desenho de cargos. Segundo ele, o conceito de QVT refere-se à preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores no desempenho de suas tarefas. Posteriormente, alguns autores europeus desenvolveram outras conceituações dentro da abordagem sóciotécnica e da democracia industrial.
Segundo Rodrigues (1994), a década de 70 assistiu a uma mudança no enfoque do gerenciamento