Gestão da informação

INTRODUÇÃO

A construção de currículos para os cursos da Área de Computação e Informática é hoje um dos grandes temas em debate no meio acadêmico e no mercado profissional.

A exigência de profissionais capacitados a atuar em uma área que demanda cada vez mais qualidade, competência técnica, flexibilidade e constante atualização, aumenta a demanda por cursos de graduação que garantam essa capacitação aos profissionais por eles formados. Isso traz grandes desafios para as Instituições de Ensino Superior (IES), visto que a dinâmica da área é incompatível com currículos mínimos ou outras formas de engessamento da estrutura e conteúdos dos cursos de graduação.

Os parâmetros existentes para a implementação de um curso de graduação são as Diretrizes Curriculares para as Áreas de Computação e Informática [MEC/SESu, 1999] e os formulários de avaliação denominados “Indicadores e Padrões de Qualidade para Cursos de Graduação da área de Computação” [MEC/SESu/CEEInf, 2001] .

Ambos são documentos importantes e constituem um ótimo ponto de partida para a criação de um novo curso, mas não são capazes de oferecer todas as respostas. Adicionalmente, as diretrizes enfocam basicamente os conteúdos que podem (ou devem) ser abordados, possibilitando uma enorme gama de currículos distintos, mas sem se aprofundar na estruturação, hierarquização e organização desses conteúdos, nem apresentar maiores considerações sobre processos de ensino-aprendizagem [FERREIRA, 1999].

Os responsáveis pelo projeto de um novo curso, e que estejam preocupados com a qualidade da formação a ser oferecida, sentem, muitas vezes, a falta de parâmetros mais detalhados e concretos do que os disponíveis atualmente, principalmente no que se refere a questões pedagógicas. Uma saída possível, e bastante comum, é lançar mão de projetos de cursos conceituados e bem sucedidos como referência para o trabalho de desenvolvimento de novos cursos.

Cursos conceituados são geralmente tradicionais, no